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José Eduardo Tavares de Paiva

terça-feira, 19 de outubro de 2010






Ouvindo o silêncio de Deus

Uma das desculpas mais usadas para se justificar, ou ao menos, explicar os problemas interpessoais de hoje em dia é o stress, a correria da vida, principalmente nas grades cidades.

por Enos Moura Filho

O stress é responsável por brigas conjugais, rixas familiares, discussões de trânsito, problemas com a chefia e tudo o mais de ruim que possa acontecer.
Incrivelmente as pessoas estão com os pavios cada vez mais curtos.
A tendência é que, por causa da falta de paciência, da falta de longanimidade, o imediatismo comece a imperar em nossas vidas. Segundo o meu pastor, o neologismo “curtanimidade” é que tem ditado nosso ritmo. Queremos soluções rápidas, queremos resolver tudo de uma vez. E nesse ímpeto não raro acabamos por nos precipitar em falar mais do que devemos.

Deus nos ensina a sermos pacientes, a sermos cautelosos no falar. Não nos deixarmos dominar pelas emoções, refrearmos a língua.

No livro de Provérbios, capítulo 17 versículo 28 lemos:

“Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido”.

Deus não está sujeito a stress, Ele não opera movido a pressões humanas. É dEle o tempo, É dEle a criação, nós somos dEle.

O silêncio de Deus, sua maneira suave de agir, em quietude, serenidade – é nisso que devemos refletir.

Ele não deixa de aparar nenhuma aresta, não nos desampara em momento algum. No capítulo 19 do primeiro livro de Reis vemos o relato de Elias, profundamente preocupado com sua vida, tendo que fugir da rainha Jezabel, que o tinha jurado de morte. Elias estava angustiado. Procurou refúgio no deserto, e lá Deus providenciou o que Elias precisava: além de alimento, uma experiência incrível com Deus:

11. E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto; 12. E depois do terremoto um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. 13. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?

Deus não estava no vento, Deus não estava no fogo, Deus se apresentou em uma voz calma; imagino, talvez, uma voz doce e aveludada, extremamente paternal, que transmitia segurança e conforto.

Elias foi confortado e já partiu de lá com nova missão, sabendo que ele não estava sozinho, Deus havia preservado 7 mil pessoas que estavam do lado de Elias na crise pela qual passava naquele momento de sua vida.

Em situações estressantes, quando somos impulsionados a cobrar de Deus resposta rápidas, em alto e bom som, gritantes e latentes para nossos problemas cotidianos, que tal lembrarmos que Ele não precisa gritar para que nós possamos ouvi-Lo? Se nós nos aquietarmos, sabendo que Ele é Deus (Sl 46:10a), ficará mais fácil escutá-Lo.

Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR. (Lamentações 3:26)

Enos Moura Filho
1° IP Guarulhos


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